Depois de assistir a mais um vídeo sobre os Reis de Portugal ficou cristalizado na minha mente o oportunismo da igreja em relação aos medos do Ser Humano.
Reinava D. Afonso IV,1325 - 1357, e a epidemia de Peste Negra varria Portugal com a morte. Perante isto havia famílias inteiras que deixavam de existir indo os seus bens para familiares improváveis, ficando estes possuidores de pequenas riquezas para as quais não estavam, muitas vezes, preparados para as receber.
Eis que intervem a igreja: Todos têm que fazer um testamento sob pena de excomunhão. Sobre esse testamento recaem impostos que revertiam, claro está, a favor da igreja. Não sei como se qualifica esta actitude mas de piedosa tem pouco, mote da nossa igreja.
Mas, o medo do que iriam encontrar após a morte era maior e a tudo se submetiam. Não raras as vezes até os Reis, que em vida lutavam contra os excessos da igreja, no leito da morte cediam a tudo com pavor ao que fossem encontrar do outro lado da vida.
O primeiro grupo de pessoas que observou este temor ao desconhecido e se conseguiu aproveitar dele foi sem dúvida muito inteligente. Enquanto os outros trabalhavam a terra, eles usavam o tempo para organizar os seus discursos carregados de represálias para todos os que tivessem comportamentos desviantes.
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